Os vereadores do Partido Socialista de Santa Maria da Feira votaram contra a revisão do tarifário para o ano de 2022 da Concessão de Exploração e Gestão dos Serviços Públicos Municipais de Abastecimento de Água e Saneamento.
O PSD votou favoravelmente a proposta argumentando Emídio Sousa que a proposta de revisão “está de acordo com o contrato e tem parecer favorável dos nossos juristas, da nossa economista e da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos”.
Sérgio Cirino, vereador do PS lembrou que prosseguem “os aumentos extraordinários, efetuados para o equilíbrio da concessão, que se prolongam de 2018 a 2028, ou seja, além das atualizações decorrentes da fórmula de cálculo inicial”, sublinhando que “existe também uma atualização extraordinária anual que vai onerar os feirenses”.
O vereador socialista justificou o voto contra dizendo que a proposta “ é penalizadora para os feirenses”, sustentanto também que, existem concessões mais baratas, exemplificando com a AdRA – Águas da Região de Aveiro. “Apesar de subir os preços, não é comparável com Santa Maria da Feira”, afiançou.
Sérgio Cirino ironizou ainda que, “temos um concelho tão amigo das industrias, IPSS e das associaçoes que na Feira, por exemplo, uma IPSS paga por um metro cúbico de água 2,32 euros e no concelho vizinho de Ovar, uma instituição destas paga apenas 0,94 centimos. Vejam a diferença, só quase o triplo!”. E prosseguiu: “até na desgraça somos piores. Em Santa Maria da Feira quando se corta a água temos de pagar cerca de 55 euros em Ovar 40, quem está teso ainda fica pior”, atirou.
Emídio Sousa reconheceu que “o preço da água não é barato, mas o serviço é de qualidade”, lembrando que, no final da concessão todo o investimento feito passa para as mãos do municipio, “uma herança boa que é deixada aos feirense com o concelho infraestruturado”, sublinhou.
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