As Jornadas de Educação “Da escola que temos à escola que queremos” regressam a Santa Maria da Feira nos dias 14 e 15 de novembro, para refletir sobre os grandes desafios da escola e da educação, assumindo como compromisso reforçar a importância da participação ativa dos estudantes no processo de construção de uma escola mais inclusiva, democrática e alinhada com as suas necessidades e sonhos.
Na sua 19ª edição, o evento traz como tema central “Alunos como protagonistas: voz e vez na construção da escola que queremos”, que estará em discussão, na Biblioteca Municipal e na Escola Secundária de Santa Maria da Feira.
Para além dos painéis temáticos, o programa reserva uma tarde dedicada a workshops, que registam uma procura crescente, ano após ano.
Dos vários temas a refletir nesta edição, destacam-se: a participação e a escuta ativa dos alunos; o sucesso educativo e o bem-estar escolar; práticas pedagógicas inovadoras; e educação inclusiva e equitativa.
Com mais de 33 anos de experiência no ensino público, Luís Mocho, doutorando em Administração e Política Educacional, abre o primeiro painel das Jornadas – “A Escola constrói-se com todos” – na manhã de 14 de novembro, no auditório da Biblioteca Municipal. Reconhecido pelo seu compromisso com a transformação educativa, e alinhado com os princípios da Escola da Ponte e com a visão pedagógica do seu fundador, Luís Mocho vem a Santa Maria da Feira apresentar e debater o tema “Educar para a participação – Uma escola com os alunos e não apenas para os alunos”.
Na mesma linha, segue-se a intervenção do pedagogo, professor e formador Américo Peças, que traz às Jornadas de Educação o tema “Quando a Escola escuta, a Comunidade transforma-se – A escuta ativa dentro da escola influencia práticas cívicas fora dela”. Especialista em Estudos e Pedagogia da Infância, membro do Movimento da Escola Moderna Portuguesa desde a sua fundação e cofundador de duas associações para a promoção e proteção dos direitos da criança, Américo Peças atua ainda como assessor para assuntos de Educação e Ação Social no Chapitô e é consultor pedagógico de várias instituições de educação para a infância.
Num debate em formato aberto, o segundo painel das Jornadas traz à discussão o tema “Que escola queremos?”, com a participação de Coralie Delhaye, investigadora em Ciências de Educação na Université Libre de Bruxelles. O trabalho de investigação que desenvolve centra-se na argumentação e no diálogo em sala de aula como alavancas para a autonomia e pensamento crítico dos alunos, com especial atenção à forma como o conhecimento é co-construído, valorizando identidades sociais diversas e visões culturais do mundo.
No sábado, 15 de novembro, os trabalhos das Jornadas prosseguem no auditório da Escola Secundária de Santa Maria da Feira, com uma “Reflexão sobre práticas educativas e diferenciação pedagógica com o envolvimento dos alunos”, dinamizada pela equipa da FapFeira.
Para além dos três painéis temáticos desta edição, conduzidos especialistas e pedagogos de referência, o programa reserva a tarde de sexta-feira para dois workshops de participação livre e lotação limitada, por ordem de chegada: “Aprendizagem baseada na Natureza – Estratégias para Professores” e “Da Voz aos Alunos – Estratégias para uma pedagogia participativa”.
